sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fotografia Básica + Arte da Colheita


"Muito curioso você falar em estar inspirada..."
(Vivi, dia vinte e três de agosto no ano doze)

Inspiradora novidade
Um artigo claro por olhar de Viviane.
Ilustração: Eu Mesma (22/08/2012)

De vez em quando conhemos ou reconhecemos pessoas raras e fazeres igualmente raros. Não digo "de vez em quando" para expressar algum tipo de "sorte" ou coisa parecida. Digo "de vez em quando" porque é só "de vez em quando" que a correria do dia-a-dia permite que esses encontros aconteçam. Ou melhor: é só "de vez em quando" que tudo dá certo para percebermos esses encontros. Acontece que ultimamente ando percebendo esses encontros cada vez mais.

Funciona mais ou menos assim: uma pessoa te passa um ensinamento que tem tudo a ver com aquele momento da sua vida. Vou chamar de momento 1. Acontece uma reflexão sobre o que foi dito e logo em seguida - momento 2 - você conhece um novo alguém que complementa o saber que te foi passado no momento 1. E, de repente, não mais       que de repente, essas pessoas também estão se conhecendo, se admirando, conhecendo e admirando o trabalho umas das outras.

Cosmicamente, várias formas de expressão e arte se encontraram hoje e acabei conhecendo um trabalho que é uma inspiradora novidade.

Uma jovem de olhar profundo abre um estojo gigante de madeira e o transforma numa prancheta - daquelas que desenhistas e arquitetas/as usam. A moça tinha um perfume revolucionário, misto de criatividade, sensibilidade, percepção e um leve toque de certeza sobre o que estava para fazer - digo leve porque nem de longe essa certeza pode ser confundida com arrogância.

Pois bem. A oficina era de fotografia básica para mulheres líderes de comunidades do Rio de Janeiro e acontecia num instituto de arte.

A moça, então, espalha suas cores, lápis e canetas. Pega fita para fixar o papel na prancheta.

Todas e o Felipe (bendito entre as mulheres) olham para ela. Olhamos aquele desenvolvimento sem saber muito bem (nem pouco bem) no que aquilo ia dar.

Eis que surgem os dois primeiros papéis.

A partir daí não é difícil concluir ou entender que no dia 22 de agosto de 2012 aconteceu alguma coisa que envolveu fotografia básica, arte, Valda NOgueira, o Complexo da Maré, histórias grandes, histórias pequenas, blá-blá-blá e um importante questionamento: Qual é o seu olhar sobre mundo?

Caramba. Percebemos, ao final do trabalho da moça que ao invés de um registro burocrático - resumo que muitas vezes temos de respirar para ler, de tão chato - temos uma ata gráfica da nossa atividade, cheia de cores, de tamanhos, de perspectivas, de sombras; de tantos estímulos...

Esse é o meu registro, inspirado por esse trabalho tão inovador, feito por pessoa tão especial.

E essa é a Julia - a artista, a técnica, a arquiteta, bem... a autora. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário